Você se considera sortuda? E como anda se relacionando com a sorte?
Hoje te convido a pensar no tema e conto a minha perspectiva mais mágica e despretensiosa sobre o tema - é um descarrego mais leve mesmo, um respirinho pra gente.
E uma corrente do bem, então aproveito para te desejar toda a sorte do mundo!
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Descarrego #13 | Corrente da sorte
O presente texto foi escrito para trazer sorte para quem ler suas linhas até o final.
Caso seja repassado para mais três pessoas, a sorte do primeiro é triplicada, provocando uma corrente de benesses para todos os envolvidos.
A mágica por trás disso, você vai entender adiante.
Ou poderá nunca captar.
Vai depender do seu preparo espiritual e psicológico, da sua abertura para ver o que é invisível aos olhos, da sua capacidade de ler nas entrelinhas.
O que é a sorte, a fortuna, a inexplicável arte de atrair para si mesmo coisas boas?
É como, nem que seja por um instante, tornar-se um ímã de bem-aventuranças, fomentando uma irresistível atração entre você e o acontecimento positivo - materializado numa pessoa, num fato, num golpe inesperado.
O que é a sorte, a fortuna, a inexplicável arte de atrair para si mesmo coisas boas? É como, nem que seja por um instante, tornar-se um ímã de bem-aventuranças
É o tropeço mágico que te salva do acidente.
A pessoa da frente que desiste da fila bem na sua vez.
O número que você intui e acerta na roleta.
A pessoa que encontra num evento, esbarra e se torna um grande amor.
O pão que sai quentinho bem na hora em que você pisa na padaria.
O cargo que você sonhava e fica vago porque a pessoa desistiu daquela carreira do dia para a noite.
A sorte também está nos ínfimos fatos que nunca saberemos, e aí mora o mais interessante.
São os desvios afortunados.
A sorte de não ter topado com o desafeto naquela esquina ou de não ter caído num golpe porque perdeu a ligação.
A sortuda que faltou ao encontro com o cara que era um psicopata, ou a que não viajou na estrada cujo barranco desabou.
O sortudo embasbacado porque o andaime despencou bem onde ele estava segundos antes.
Uns chamam de providência divina. Outros acreditam em anjo da guarda. Há ainda os que veem nisso tudo um grande acaso, imbuído de sentido pela criativa e carente mente humana.
Uns chamam de providência divina. Outros acreditam em anjo da guarda. Há ainda os que veem nisso tudo um grande acaso, imbuído de sentido pela criativa e carente mente humana. O que você acha?
Seja qual for seu grupo, você não ignora o poder da sorte na vida de alguém, ignora?
Em maior e menor grau, assume que há pessoas que parecem estar no lugar certo na hora exata, e o avesso também - aqueles seres premiados ao contrário: os que reclamam à beça, já que tudo de ruim acontece com eles!
Não, não vou aprofundar a questão para a ordem social. Tampouco estou tentando te levar a acreditar numa espiritualidade providente.
Só quero mesmo provocar, quem sabe, que você assuma aí no seu íntimo que, seja como for, você já tocou a sorte, ou a má sorte. Já esteve perto dela, já sentiu sua indelével ação na sua vida e na dos seus, muitas vezes sem saber explicar. Só ficou ali boquiaberto...
Aquele papo de a sorte favorecer o preparado é bonitão, mas tem tanto preparado sem sorte, né?
E tem os sortudos despreparados que se dão bem mesmo assim.
Há ainda os que trabalham pela sorte, os que fazem jus à frase em questão, mas que, como todos nós, mortais, não têm a menor ideia de quando e como o date com a sorte vai acontecer. Fingem que sabem, mas não, estão pisando em placas tectônicas tal qual você e eu.
A sorte é temperamental e estende seu tapete vermelho quando quer.
A sorte é temperamental e estende seu tapete vermelho quando quer
Claro, claro, que ela nos encontre em boa forma, puro fôlego, quando nos colocar para correr! Mas se for sorte mesmo, eu penso, ela virá na maré exata, nos conduzindo na direção ideal numa avalanche inexorável.
Talvez não seja o momento ideal aos nossos olhos; mas será na ótica dela. A gente que se vire!
Você pode fazer o seu tratado da sorte à vontade e desdizer tudo o que estou dizendo aqui, mas isso não vai mudar o fato de a minha sorte ser desse tipo que chega insolente, quando quer, me arranca um sorriso largo e assustado e me empurra ladeira abaixo ou ladeira acima (sim, ela é mágica e contraria as leis da Física), esteja eu preparada ou não.
A minha sorte é de um bom tamanho e me acompanha quietinha, me lembrando da sua ausência com inúmeros tropeços e pequenos acidentes. Quer ser valorizada mesmo quando está ausente…
Quando dá na telha, manda uma de suas lindas ondas, com a prancha prontinha e me convence que eu, tantas vezes travada pelas intempéries da vida, sei surfar e mando muito bem.
Ela me arremessa no mar sem aviso prévio bem quando ele está pra peixe e me lembra que não é todo dia que isso vai acontecer.
Eu obedeço, aprendi a não discutir com ela. Nado, navego, surfo, faço o que a bendita mandar e ainda carrego contente a prenda que ganhei nesse sorteio bonito que é a vida.
A minha sorte, conheço bem. Ela me arremessa no mar sem aviso prévio bem quando, ela garante, ele está pra peixe. E me lembra que não é todo dia que isso vai acontecer. Eu obedeço, aprendi a não discutir com ela
Aprendi a reconhecer a minha sorte e até a sentir quando está chegando - me engano às vezes, mas isso são outros quinhentos.
Em geral, eu já sei, a boa ou a má sorte costumam me visitar no sonho antes de cair no meu colo. E a boa sorte, em especial, gosta de ser reconhecida e repassada para quantas pessoas eu puder - por isso ganhou esse texto hoje.
Ah, ela é da ordem das coisas místicas, nem reluto mais em assumir!
É filha de um anjo, mas ele provavelmente não se parece com o que você pintou mentalmente quando mencionei essa palavra.
O protetor que cuida da minha sorte e abre seus caminhos não usa azul bebê e branco, trocou as asas por uma capa, é brasileiro, noturno, forte e, em vez de cânticos gregorianos, da sua boca sai uma risada rasgada e contagiante.
É um protetor brotherzão, desses que você pode contar e que te mandam a real.
A gente se entende, se é que você me entende.
Remetendo pretensiosamente a Drummond, esse meu anjo que de torto não tem nada também me disse sem precisar dizer: “Vai, Bruna, ser gauche na vida..”. Eu topei, e ele me contou que a minha sorte era brilhante, que andava ao meu lado feito um farol, que era benevolente não só comigo, mas também com os que me cercavam e que apareceria toda cantante sempre fosse a hora certa. Como uma professora do bem viver à sua maneira e a seu tempo.
Mas essa é a minha sorte e a história dela...
Seu protetor pode ser loirinho com asas, ou nem ser um protetor ou uma protetora, não ter forma nem cheiro, não tenho nada a ver com isso. A sorte é sua, as crenças, idem.
Porém, te convido a pensar em como a sorte anda te acompanhando e a fazer uma retrospectiva para saber se está deixando a bonita entrar.
A porta tem que estar aberta, e convém fazer alguma reverência depois que ela bater.
Abra a porta para a sorte e faça uma boa reverência quando ela bater
De onde a sua vem?
Onde está?
Você viu a última vez que ela veio?
Agradeceu?
Mergulhou quando ela disse para nadar?
Pensa um pouquinho que isso vai te trazer sorte, ou te levar a reconhecê-la debaixo do seu nariz. E manda para as três pessoas que estão precisando.
Você pode pensar que é um hack para levar a newsletter adiante... Mas se você soubesse mais da Bruxona que mora em mim, apostaria no poder dessa corrente bem afortunada :-)
Por que uma espécie de corrente?
Ora, porque desejar a sorte alheia fortalece o ímã para a sua. É uma regra de ouro que está entre nós desde os tempos imemoriais, o verdadeiro “O Segredo” - ou o mais próximo dele que conhecemos no âmbito místico.
O verdadeiro segredo para atrair sorte: trabalhar pelo seu bem, mas também desejar e cuidar do bem do outro. A sorte adora esse quadro
Trabalhar pelo seu bem, sim, mas também desejar e cuidar do bem do outro: ah, a sorte adora esse quadro.
Testa.
Mais sorte, ou seu dinheiro de volta.
Quer ouvir esse texto?
Clica a seguir para ouvir a versão desse texto narrada por mim...
A sorte no Repertório
UM FILME… OU TRÊS
Três perspectivas sobre a sorte, vamos?
O primeiro, Era Uma Vez em Hollywood, filmaço do Tarantino que está na Netflix, nos faz pensar como segundos e pequenas decisões podem ser a diferença entre a vida e a morte. Ele cria ficção a partir de fatos conhecidos da Hollywood em seus tempos áureos.
O Lobo Wall Street é outro que nos faz pensar na sorte daquele jeito, amoral: ela vai acompanhando o golpista por muito tempo até que… ela o abandona? Ou ele é que exagera na dose? Acho interessantíssimo pensar em como esses golpistas contam com a sorte, parece que desafiando-a, para um dia serem pegos - será que no fundo querem isso? Deixo pros terapeutas. Na Prime Video.
Por fim, o velho e bom Match Point, indicação que eu sei ser polêmica porque é do Woody Allen (uma discussão muito válida sobre autor e obra para termos um dia), está na Prime Video. Tem uma reflexão profunda sobre o papel da sorte: já começa com a reflexão “é melhor ser sortudo ou ser bom?” e vai até o fim nos conduzindo nesse dilema, que envolve ainda a vida da elite, a ambição e até onde ir para manter o status.
UM LIVRO
Não costumo indicar livros sem tradução, mas já falei algumas vezes desse e achei que era a hora de dar o nome. Li The Serendipity Mindset, de Christian Busch, uns anos atrás e apesar de para o meu gosto ser um tanto repetitivo traz uma perspectiva mais prática para atrair o tal do “acaso feliz”, a definição mais comum da serendipidade. A tese é de que podemos criar situações e nos colocar na posição de atrair coisas boas, algo que acho bom de acreditar e de fazer. Por que não?
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Reticências
Sorte é isto. Merecer e ter.
Guimarães Rosa
Com sorte você atravessa o mundo, sem sorte você não atravessa a rua.
Nelson Rodrigues
Que tal hablar de parcerias?
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Quem sabe a gente se entende ;-)
Eu e o que escrevo
Textos, indicações de repertório e erros são culpa minha mesmo, @brufioreti 🙂
Sou jornalista, especialista em branding pessoal e carreira multipotencial, tenho pós em Mkt Político, cursei coisas variadas, tipo Feminismo Pós-colonial, Neurociência, Psicologia da Popularidade e Positiva, Business Coaching e por aí vai.
Trabalhei em grandes veículos de imprensa por mais de 17 anos até começar a ensinar e mentorar mulheres na seara da marca pessoal no digital e no trabalho. Adoro autodidatismo e defendo cruzar repertórios pra nos destacar e abraçar nossos "desencaixes" nesse mundo cheio de gente enquadrada. Ensino isso prática em palestras, business coaching, treinamentos em empresas e numa mentoria bem seleta chamada Desencaixa - que está na lista de espera.
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